Hoje gostaria de abordar a ineficiência do transporte
público em toda região metropolitana! A principal causa do transito caótico que
enfrentamos diariamente. Um transporte público eficiente deve prover conforto e
rapidez aos usuários! O
transporte público ineficiente faz com que as pessoas com algum poder
aquisitivo utilizem o carro como principal meio de locomoção. Estas pessoas
enxergam o carro como a solução para chegar mais rápido e com maior conforto
aos seus destinos. Este é o grande problema!Vamos avaliar algumas causas
da ineficiência do transporte público em nossa cidade:
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Tempo de
embarque
Já contou quantos minutos em média, um ônibus leva parado em
um ponto de ônibus? Pois é, faça essa experiência!O tempo médio de embarque nos
coletivos é muito grande!
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Numero
excessivo de linhas de ônibus
Em Niterói fica evidente o excesso do número de linhas de
ônibus! Quem nunca viu na hora do RUSH uma seqüência de coletivos vazios
circulando pela cidade! Isso significa que as empresas de ônibus oferecem mais
vagas do que realmente são necessárias! De graça? A quem interessa isso? Atualmente, o sistema opera com 600 ônibus,
transportando diariamente 235 mil passageiros.
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Pouco
investimento no transporte aquaviário e metroviário
Boa parte da população de Niterói trabalha no Rio de
janeiro! Quais as opções que o trabalhador tem para chegar à capital do estado?
Barcas ou PONTE! Qual delas é pior? Na primeira opção as filas são gigantescas
e o serviço é de péssima qualidade e na segunda opção, o engarrafamento é
certo!
Mas será que com todos esses problemas, o transito tem
solução? Claro que tem! A
população de Niterói tem recebido algumas boas notícias. A implementação da
linha 3 do Metrô, o Plano Jaime Lerner e o Estatuto da Bicicleta começam a sair
do papel e representam um marco para o transporte público da cidade.
O Plano Lerner foi
elaborado em 2009. Baseado no modelo de modernização do trânsito de Curitiba, o
ex-prefeito da capital paranaense projetou para Niterói um sistema de
transporte que funcionaria com linhas de ônibus atuando de forma semelhante a
um metrô de superfície conhecido como sistema BRT (Bus Rapid Transit). Segundo o
projeto, serão cinco terminais de ônibus na cidade – sendo dois principais: um
no Largo da Batalha e outro no Terminal Rodoviário João Goulart e três de
integração no Caramujo, Charitas e na Região Oceânica. O sistema BRT prevê a
implantação das faixas exclusivas e pretende diminuir o tempo de embarque nos
veículos (o usuário compra o bilhete antes de entrar no veículo). Nos planos desenvolvidos pela
equipe de Lerner, 94 ônibus de modelos articulados ou padrão farão a ligação
entre os terminais.
Outra prioridade é o
investimento no transporte metroviário e aquaviario. A Linha 3 do METRO é um
avanço mas precisamos lutar também por uma possível Linha 5 ligando Niterói ao Rio
de Janeiro , para aliviar a ponte e as barcas! As barcas precisam ser
pressionadas pelo poder público! O preço da passagem precisa ser justo e o
serviço tem que ser de qualidade.
Outro ponto importante
é o uso da bicicleta como meio de locomoção. Está em vigor a lei 2832/2011, de
autoria de Felipe Peixoto, que institui o Estatuto da Bicicleta no Município de
Niterói. A lei prevê grande ampliação da malha cicloviária na cidade, com
sinalização vertical e horizontal. Pontos de estacionamento de bicicletas
deverão ser localizados em logradouros públicos ou em locais de grande
concentração de pessoas. Além disso, prevê a criação de um serviço de
bicicletas públicas.
No próximo artigo,
vou falar de educação no trânsito. Não percam e até breve!
AI Professor Tulio esta de parabéns gostei muito do seu texto
ResponderExcluirExcelentes observações! Muitas das vezes reclamamos da situação sem saber o porquê desse caos no trânsito. Também reclamamos da inércia do governo sem saber se as providências estão a caminho. É claro que a situação do trânsito da cidade é crítica, mas acho que a população pode contribuir para melhorá-la enquanto as novas medidas não são implementadas. Estou ansiosa para ler seu artigo sobre educação no trânsito, pois é um dos pontos essenciais para resolver o problema dos engarrafamentos. Ótimo e esclarecedor artigo! Parabéns!!
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